08 Remédios naturais para cistos no ovário

São muitos os remédios naturais que podem amenizar este incômodo. Os cistos no ovário surgem pouco antes da menarca (primeira menstruação) e acompanham a mulher durante toda a sua vida fértil. Na imensa maioria dos casos, estes cistos são benignos e não geram problemas definitivos, mas podem causar dor abdominal, ao evacuar, na pélvis, durante as relações sexuais, vontade frequente de urinar, enjoos e inchaço na linha da cintura.

Além disto, algumas mulheres reclamam de dores pélvicas, que podem ser moderadas e constantes ou súbitas e fortes, surgidas em espasmos. Por isto, tratar os cistos no ovário é muito importante – e é sempre útil recordar que os remédios naturais não apresentam efeitos colaterais, sendo, desta forma, os mais indicados.

Os tipos de cistos no ovário

Os cistos no ovário são pequenas bolas sólidas ou cheias de líquido que se formam dentro do ovário ou em sua superfície. Os cistos foliculares (ou funcionais) se formam naturalmente durante o desenvolvimento dos óvulos. Estas bolinhas fazem parte do processo natural; quando elas se rompem, eliminam o óvulo – que é capturado pela trompa, dando início ao ciclo fértil.

Os cistos do corpo lúteo ocorrem depois que os óvulos já estão formados e liberados pelos folículos. Em geral, os cistos deste tipo abrigam uma pequena quantidade de sangue e outros fluidos ovarianos. O corpo lúteo também ocorre naturalmente e é eliminado caso não haja fecundação.

Além destes, existem os cistadenomas, que se desenvolvem a partir do tecido que reveste os ovários e os cistos endometrioma, que ocorrem apenas quando o endométrio, tecido que reveste o útero internamente, se desenvolve anormalmente, espalhando-se pela face externa, pelas trompas e ovários.

Os cistos tendem a desaparecer entre oito e doze semanas, mas um ginecologista pode indicar pílulas anticoncepcionais para reduzir a quantidade e período, mas não para impedir a formação, especialmente dos chamados cistos funcionais, que integram o ciclo fértil das mulheres.

Complicações dos cistos no ovário

É importante salientar que, apesar de desconfortáveis, os cistos de ovário funcionais raramente apresentam relação com o desenvolvimento de tumores malignos e, apesar dos mitos, não interferem na fertilidade feminina, nem em qualquer disfunção hormonal.

Em raros casos, os cistos de ovário podem desencadear teratomas, tumores maciços e de maiores dimensões formados por tecidos embrionários. O diagnóstico é obtido através de ultrassonografias ou ressonâncias magnéticas e o tratamento mais indicado é o cirúrgico, uma vez que estes tumores podem crescer e causar danos aos ovários.

Remédios naturais: o calor

Alguns tratamentos naturais são extremamente práticos, fáceis de aplicar. É o caso do calor, por exemplo. O aumento da temperatura externa relaxa os músculos do abdômen e alivia a dor. A aplicação é simples: aqueça uma toalha de rosto (pode ser levemente aquecida com água ou ferro elétrico) e coloque sobre a barriga e a pélvis. Deixe agir por 15 minutos e repita sempre que os incômodos retornarem.

Nos casos mais frequentes, o ideal é adquirir uma bolsa d’água ou com gel de aquecimento. No primeiro caso, basta aquecer a água no fogão; no segundo, o aquecimento deve ser feito em banho-maria. Estes dois produtos, facilmente encontráveis em drogarias, apresentam grande durabilidade.

Fitoterápicos para cistos no ovário

Muitos remédios formulados à base de ervas, e mesmo a infusão de algumas destas folhas e caules, são eficazes para combater os cistos ovarianos. É possível encontrar estes medicamentos no Brasil, mesmo que os vegetais não floresçam por aqui:

• erva-de-são-cristóvão – nativa no oeste da América do Norte, é uma planta utilizada, pelas índias do continente, também para cólicas menstruais e o alívio das dores de parto;

• rícino (mamona) – o óleo de rícino possui propriedades digestivas, anti-inflamatórias, antioxidantes, fortalece a pele e os cabelos e alivia os desconfortos dos cistos de ovário. Ele estimula os sistemas linfático e circulatório, auxiliando na dissolução dos cistos.

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Consumo in natura

• chás – as infusões sedativas reduzem a ansiedade sem reduzir a atenção e a concentração. As mulheres podem optar pela camomila (que também ajuda a regular o ciclo menstrual e estimula a circulação sanguínea na pélvis), chá-verde, lúpulo (o mesmo que entra na composição da cerveja), valeriana, maracujá, erva-cidreira e lavanda. É importante consultar o médico sobre a conveniência de ingerir estes chás, especialmente quando combinados com tranquilizantes, antidepressivos, etc.;

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• oleaginosas – amêndoas, nozes, avelãs e castanhas são frutas ricas em magnésio, nutriente fundamental para prevenir as dores e desconfortos abdominais causadas pelos cistos (e também as cólicas menstruais). O consumo não deve ser excessivo, pois são alimentos extremamente calóricas. Massagens com óleo de amêndoas também são indicadas para aumentar a temperatura abdominal;

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• vinagre de maçã – apesar de cítrico, o vinagre de maçã é útil para dissolver cistos de ovário relacionados à deficiência de potássio. Da mesma forma, podem ser utilizadas a batata, banana, água-de-coco, etc. O ideal é acrescentar estes alimentos à dieta regular;

• linhaça – conhecida por inúmeros benefícios, a semente de linhaça também ajuda a equilibrar os níveis de estrogênio e progesterona, alterados a partir da tensão pré-menstrual. O consumo deve ser feito pela manhã, em sucos, vitaminas ou iogurtes;

• gengibre – esta raiz possui ação anti-inflamatória, antioxidante e analgésica e, por seu efeito termogênico, o gengibre consegue aumentar a temperatura corporal, acelerando o metabolismo. O vegetal não deve ser usado por mulheres magras (ou que não queiram emagrecer). O ideal é consumir o gengibre em sucos (maçã-verde, melancia, melão).

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Cuidado!

Por outro lado, quem sofre com cistos no ovário precisa evitar o excesso de carboidratos (massas, doces, etc.). Os “carbs” são essenciais para aumentar a disposição, manter a mente saudável e impedir o aumento de peso. O excesso, porém, acarreta exatamente o contrário. O consumo precisa ser ainda mais restrito para mulheres sedentárias.

Os alimentos ricos em estrogênio também precisam ter o consumo controlado. A lista é longa: em nossa dieta mais comum, vai do arroz ao feijão. A ingestão deve ser ampliada inclusive com o avanço da idade, pois eles atuam como repositores de hormônio naturais. O excesso, no entanto, especialmente entre as mais jovens, prejudica o equilíbrio hormonal.

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