10 sintomas do diabetes tipo 2

O diabetes mellitus tipo 2 é um distúrbio metabólico caracterizado pelo elevado teor de glicose na circulação sanguínea, relacionado à resistência orgânica à insulina e pela insuficiência relativa de insulina, provocada pela destruição das ilhas de Langerhans, localizadas no pâncreas – são as células produtoras de insulina e glucagon, substâncias que regulam o metabolismo do açúcar.

Esta forma da doença se diferencia do diabetes mellitus tipo 1, em que se caracteriza a ausência completa da produção da insulina. O tratamento tradicional do diabetes tipo 2 se baseia na adoção  de exercícios físicos e na dieta específica. Caso não sejam obtidos os resultados esperados, no entanto, pode ser necessário recorrer a medicamentos, como metformina e insulina sintética.

Nos pacientes dependentes de insulina, os exames laboratoriais, para conferir os níveis de glicose no sangue e na urina, acabam fazendo parte do dia a dia. Em 2010, de acordo com levantamentos da Organização Mundial de Saúde, havia 285 milhões de indivíduos afetados pela doença, contra 30 milhões registrados em 1985. O sedentarismo e o consumo excessivo de alimentos processados parecem ser responsáveis por provocar este forte aumento dos casos.

A comunidade médica já sabe que o diabetes do tipo 2 ocorre em pacientes com propensão genética ao desenvolvimento da doença. Portanto, indivíduos com histórico familiar da doença (especialmente pais e avós) são mais propensos a desenvolver o distúrbio. Seja como for, os maus hábitos modernos (sedentarismo, maus hábitos alimentares, abuso de bebidas alcoólicas, tabagismo, etc.) contribuem para o desenvolvimento precoce da doença.

Especial Diabetes:

Os sintomas do diabetes tipo 2

O diabetes tipo II já foi chamado de diabetes tardio, em função de a imensa maioria dos casos surgir na idade adulta, a partir dos 30 anos (ao contrário do tipo I, que se manifesta ainda na primeira infância). Pacientes com o tipo II produzem menos insulina e, ainda assim, parte da produção deste hormônio é deficitária.

Na fase inicial do diabetes tipo II, os principais sintomas são:

• excesso de urina (poliúria, caracterizada pelo volume de urina superior a três litros diários). Quando a taxa de açúcar no sangue está elevada (acima de 180 mg/dl), o organismo precisa encontrar mecanismos para eliminar este excesso. A estratégia mais simples é através do sistema excretor, que, por outro lado, não consegue eliminar glicose pura – é necessário diluí-la em água. Portanto, quanto maior o índice de glicemia, maior será a produção de urina;

• sede excessiva. Se o paciente permanece eliminando líquidos em demasia com a micção, é natural que o cérebro “ordene” a reposição de água. A sede é um mecanismo de defesa bastante eficaz para combater a desidratação: o indivíduo perde muita água durante todo o dia e o organismo precisa reequilibrar os níveis de líquidos. Isto, no entanto, aumenta a necessidade de urinar e instala-se um círculo vicioso;

• fome excessiva. Uma vez que as células não conseguem glicose suficiente para produzir energia, o cérebro interpreta este fato como carência de nutrientes, enviando mensagens cada vez mais próximas para que o indivíduo volte a se alimentar. Na verdade, o cérebro entende que o paciente está em jejum;

• cansaço excessivo, sem causas aparentes. A glicose, combinada com o oxigênio, é o combustível de todas as nossas células. Com a eliminação de elevados teores de açúcar, instala-se a desidratação e o corpo também fica sem energia: a incapacidade de fixar níveis adequados de glicose reduz a velocidade do metabolismo;

• perda de peso. O diabetes do tipo II parece estar relacionado ao sobrepeso e obesidade (os principais “vilões” da resistência à insulina), mas, nos estágios iniciais, o paciente pode observar a perda de alguns quilos, mesmo sem alterações na dieta alimentar. A insulina participa também no armazenamento de gordura e na síntese de proteínas.

O portador do diabetes, desta maneira, perde massa muscular gorda e magra, mesmo ingerindo porções maiores de alimentos (a glicose obtida é quase que integralmente eliminada pela urina). Os efeitos parecem ser cumulativos, uma vez que, no início do desenvolvimento da doença, a produção de insulina é suficiente para manter estas funções orgânicas;

• cicatrização deficiente. Entre as muitas alterações orgânicas causadas pelo diabetes, o excesso de açúcar no sangue causa a redução do total de células reparadoras dos tecidos, além de reduzir a multiplicação celular como um todo, dificultando a formação de novos vasos sanguíneos. Com isto, a regeneração de órgãos e tecidos fica mais lenta;

• infecções frequentes. A redução da capacidade de regeneração prejudica o sistema imunológico e pode facilitar a invasão de microrganismos nocivos à saúde humana, seja por agentes específicos, seja pela proliferação exagerada de fungos e bactérias que colonizam naturalmente os nossos órgãos internos e externos;

• visão embaçada. O portador de diabetes do tipo II geralmente relata problemas de visão e mesmo de dores nos globos oculares. O excesso de glicose no sangue causa um inchaço no cristalino (a “lente” do olho). Alterada a estrutura e flexibilidade do cristalino, a capacidade de foco é comprometida, causando a visão borrada;

• manchas escuras. Não é um sintoma frequente, mas muitos indivíduos com diabetes do tipo II, apresentam manchas cutâneas escurecidas, especialmente nas axilas e no pescoço. Estes sinais podem indicar resistência à insulina (o termo técnico é acantose nigricans).

• outros sintomas podem ser indicativos da necessidade de consultar um especialista. Formigamento nas mãos e pés, desenvolvimento de furúnculos bastante dolorosos (especialmente nos glúteos e coxas), prurido e queimação nas mãos e pés também indicam distúrbios metabólicos.

No pré-diabetes, também conhecido como anomalia da glicemia em jejum (AGJ), uma condição em que as taxas de glicemia estão constantemente elevadas (entre 100 e 125 mg/dl em jejum ou entre 140 e 199 mg/dl), em geral, os pacientes não apresentam os sintomas clássicos (sede excessiva, micção excessiva, etc.).

No entanto, os portadores desta condição já apresentam riscos maiores de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) ou um infarto do miocárdio. Combinado com outros fatores, a presença do pré-diabetes pode duplicar os riscos.

Controlando a diabetes tipo 2

Não existe nenhum tratamento para os casos de qualquer tipo de diabetes, até o momento. O acompanhamento clínico e laboratorial, a adoção de uma dieta pobre em carboidratos, o controle do peso corporal, a inclusão de exercícios físicos na rotina e o controle do estresse são indicados para manter a doença sob controle.

Existem, no entanto, diversas terapias alternativas que vêm apresentando bons resultados, não apenas no controle do diabetes do tipo II, mas também na redução das dosagens de medicamentos e até mesmo reversão da doença. O tratamento Diabetes Controlada desenvolvimento pelo Dr. Patrick Rocha, por exemplo, já tem estudos demonstrativos de uma redução de até 83% na adoção de substâncias medicamentosas.

Veja o vídeo da reportagem sobre o Diabetes Controlada

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