O terceiro olho, conhecido como Ajna entre os hindus (significa “centro de comando”) e centro de força frontal entre os espíritas, é o sexto chakra (a palavra quer dizer roda, em função de seu formato, de acordo com os videntes, que se assemelha a um círculo ou uma flor).
São sete os principais chakras dos seres humanos:
• genésico: situado na base da coluna vertebral, é o centro da sexualidade e, em um sentido mais amplo, da criatividade. Este chakra absorve a energia telúrica contida na Terra, conhecida entre os hindus como kundalini, e a distribui para todos os demais;
• gástrico: situado no plexo solar, à frente do umbigo, confere sensibilidade. É o ponto em que a energia vital penetra no campo etérico, uma espécie de invólucro do corpo astral;
• esplênico ou mesentérico: fica sobre o baço, no lado esquerdo do abdômen. Regula a distribuição da energia da energia superior, especialmente para os chakras situados mais acima nos seres humanos;
• cardíaco: é o responsável pelo equilíbrio e o intercâmbio das emoções e sentimentos entre a humanidade. Localizado sobre o coração, está ligado às sensações superiores, como afeto, solidariedade e bondade. Mal energizado, ele pode carrear sentimentos negativos, como raiva, cobiça, inveja, etc.;
• laríngeo: preside os fenômenos vocais e as atividades do timo, tireoide e paratireoide. Este chakra está situado à frente da garganta e responde pelos fenômenos de psicofonia (ou incorporação) em algumas pessoas;
• frontal: é responsável, no corpo humanos, pelos órgãos dos sentidos. É o chakra frontal que preside a vida de relação. Situado à frente da glândula epífise ou pineal, está também relacionado a percepções extrassensoriais, como intuições, inspirações, etc. Entre os espíritas, é responsável pelos fenômenos de vidência e clarividência;
• coronário: entre os hindus, é conhecido como a “lótus de mil pétalas”, porque é composto por 12 pétalas centrais e 960 periféricas. Situa-se no alto da cabeça e é associado às inspirações superiores de conhecimento e elevação.
Um pouco mais sobre o terceiro olho
Os chakras ou centros de força são equilibrados e vitalizados pela energia telúrica absorvida pela Terra, que penetra pelo genésico e vai se elevando até o coronário, e também pelas forças sutis, absorvidas pelo esplênicos e dirigidas especialmente para os plexos superiores.
O terceiro olho é responsável também pela energização dos olhos e das vias aéreas superiores, no plano físico. Quando este ponto não recebe força suficiente, ou tem deficiências para armazená-la e distribuí-la, surgem diversos sintomas físicos: dores de cabeça e nos olhos, rinite, sinusite e maior predisposição a gripes e resfriados.
Por outro lado, quando está reenergizado, o terceiro olho faculta as faculdades da vidências, clarividências, inspirações e intuições. É preciso explicar melhor:
• vidência: a capacidade de visualizar a presença de entidades desencarnadas (ou deidades) e sua atuação com objetivos benéficos ou maléficos;
• clarividência: é semelhante à vidência, mas o portador deste dom é capaz de divisar cenas do plano espiritual que estão ocorrendo à distância no tempo e no espaço (da mesma forma, para o bem ou para o mal);
• inspiração: é a capacidade de registrar as orientações de entidades elevadas e também de submeter-se à atuação de seres maléficos que estão na espiritualidade;
• intuição: é a capacidade que o espírito encarnado tem de mergulhar em seu próprio passado e, no patrimônio espiritual constituído ao longo de séculos, obter propostas de resolução de problemas para os consulentes.
Em muitos casos, quando o médium está sendo atuado por entidades, ele pode sentir a aceleração da pulsação na testa e mesmo uma elevação da temperatura local. O dom, porém, não é comum a toda a humanidade que está encarnada.
Todos nós possuímos a “mediunidade geral”, através da qual recebemos orientações, conselhos, advertências e ameaças de espíritos, de acordo com as nossas afinidades. A “mediunidade especial”, no entanto, é uma missão assumida antes do renascimento. É o caso da psicofonia, psicografia, vidência e da mediunidade de cura, por exemplo.
Mesmo assim, encarnados sem uma missão específica podem energizar o terceiro olho e contribuir com atividades de orientação e socorro em diversas confissões religiosas, como o Espiritismo, a Umbanda, a Projeciologia, algumas doutrinas da Nova Era, o Hinduísmo, o Taoísmo e o Budismo Tibetano. Cada doutrina explica os fenômenos a seu próprio modo.
Como reenergizar?
Entre os espíritas, a reativação não apenas do terceiro olho, mas de todos os centros de força, só pode ser realizada em ambientes especialmente preparados anteriormente, com a presença de mentores e médiuns empenhados no reequilíbrio dos assistidos. Normalmente, isto ocorre através de passes e radiações. Em alguns centros, os participantes dos grupos de passes reativam os próprios chakras antes de dar início às atividades espirituais.
Muitas outras correntes, porém, acreditam que reenergizar o terceiro olho pode se tornar um ato cotidiano, útil para garantir o equilíbrio necessário para as atividades corriqueiras e também para manter a harmonia física, mental e espiritual.
Técnicas de ativação
Os povos ocidentais apresentam certa resistência em se dedicar à meditação, mas ela (que pode ser feita através de diversas técnicas) é um caminho rápido para a obtenção do equilíbrio do kundalini e também do terceiro olho.
Para meditar, basta se retirar para um ambiente tranquilo e cômodo, sem circulação ou interferência de outras pessoas, com a iluminação rebaixada, roupas confortáveis e conforto térmico. Com a prática regular dos exercícios, as interferências externas, como buzinas, televisões em volume alto, gritaria, etc., deixam de ser um obstáculo.
A posição mais recomendada é o decúbito dorsal, mas os interessados podem escolher a que mais convier ao próprio relaxamento. O primeiro passo é asserenar a respiração. Um exercício interessante é inspirar profundamente, contar até quatro e soltar o ar com serenidade. Com o tempo, porém, a respiração adequada se torna automática.
Muitos místicos orientam os interessados em energizar o terceiro olho a concentrar a atenção na sua localidade específica, entre as sobrancelhas, alguns centímetros afastado do corpo físico. Os praticantes podem entoar o mantra “Om” ou harmonizar-se à nota musical ré.
Cristais também podem ajudar a manter a concentração. Os mais indicados são as safiras e águas-marinhas. Os olhos representam o tempo e os exercícios permitem a reenergização do terceiro olho e a visualização do tempo como uma estrutura única, uma corrente em que o tempo presente representa apenas um dos elos.
Nas primeiras tentativas, a maioria dos praticantes não consegue divisar nada com os olhos espirituais. Outros conseguem divisar cores, mas sem definição do objeto. A perseverança para despertar o terceiro olho é a principal chave dos experimentos.