Dicas para controlar a oleosidade da pele

A oleosidade é uma condição natural da pele. As glândulas sebáceas secretam uma substância oleosa (o sebo, termo derivado do latim, que quer dizer gordura) cuja função principal é impermeabilizar a pele e os pelos. Algumas pessoas, porém, sofrem para controlar a oleosidade, que confere má aparência e muita insatisfação. Mas, com algumas dicas, é possível controlar o problema.

Com exceção das palmas das mãos e das plantas dos pés, estas glândulas estão presentes em todo o corpo, mas os excessos são mais visíveis no rosto e nos cabelos. A maioria dos brasileiros sofre com a oleosidade excessiva – e isto não significa necessariamente a falta de cuidados com a higiene, já que o calor tende a aumentar o problema.

A pele elimina quantidades mínimas (mas constantes) de sebo, que, juntamente com o suor, formam uma camada córnea que contribui para a uniformização, lubrificação e proteção do tecido epitelial. Quando a produção se torna excessiva, entretanto, a pele toma aparência gordurosa, brilhante e com os poros dilatados.

A condição é visível especialmente na região central da face, testa, bochechas e queixo. Além dos maus efeitos estéticos, a oleosidade da pele pode indicar a presença de algumas doenças dermatológicas, como acne, dermatite seborreica, rosácea e hiperplasia sebácea.

Os motivos da oleosidade da pele

A oleosidade da pele pode ser determinada por fatores hereditários ou por descontroles pontuais da produção hormonal. Outras causas precisam ser igualmente consideradas, como o uso de produtos inadequados ao tipo de pele, tais como sabonetes, xampus, condicionadores e maquiagem.

Outras causas externas podem favorecer o aumento da produção sebácea. É o caso da alimentação rica em gorduras, permanência em ambientes mal ventilados ou sob temperaturas elevadas e excesso de exposição ao Sol. Mesmo uma variação ligeira da temperatura e umidade relativa do ar pode aumentar a oleosidade da pele.

Mesmo sob o clima tropical, em que os dias quentes ocupam dez meses a cada ano (ou mais, de acordo com a região), os brasileiros têm costume de tomar banhos quentes, fato que abre os poros e permite maior secreção de sebo. O hábito potencializa a oleosidade da pele.

Um dado importante: de acordo com estimativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia, um em cada três pacientes que sofrem com doenças de pele já apresentou episódios de estresse, ansiedade ou depressão. O motivo é a liberação de um neuropeptídeo que, em situações de tensão emocional, pode afetar a liberação exagerada de óleos.

Combinado com alguns hormônios, como a testosterona e o GH (hormônio do crescimento), este neuropeptídeo faz estragos ainda maiores. Este é o motivo por que o desenvolvimento da acne é muito comum na adolescência, quando a produção destes hormônios é bastante superior, se comparada a outras etapas da vida.

Como controlar a oleosidade da pele?

Os fatores genéticos não podem ser neutralizados, apenas minimizados. Por outro lado, é necessário reduzir (ou eliminar) a exposição a fatores externos.

Alimentos

A primeira providência é controlar a ingestão de alimentos gordurosos e ricos em açúcar, especialmente pelos indivíduos que apresentam pele oleosa ou mista (em que a produção sebácea é maior na zona T do rosto – testa, nariz e queixo).

As vitaminas A e C, assim como os betacarotenos, contribuem para reduzir a oleosidade da pele. A vitamina A mantém a integridade das células epiteliais e é a primeira barreira contra infecções dermatológicas. A vitamina C melhora a imunidade e mantém sob o controle os níveis de estresse. Por fim, os betacarotenos são antioxidantes, aliados da pele, cabelos e unhas.

A higiene

Ao lavar o rosto, é natural a sensação de redução da oleosidade. No entanto, a alta temperatura estimula a produção sebácea e, em poucas horas, a aparência “engraxada” ressurge na superfície da pele. A água fria, por outro lado, obriga os poros a se contraírem, amenizando o problema.

As mulheres devem optar por cosméticos a base de água e os classificados como “oil free”, que não estimulam as glândulas sebáceas. No banho, os produtos em gel são mais indicados do que sabonetes em creme. O rosto deve ser lavado ao menos duas vezes por dia.

A higienização completa da pele precisa ser realizada uma vez por dia, com cuidado para retirar todos os resíduos de cosméticos, hidratantes, etc. Poros entupidos são uma porta para a instalação de infecções e inflamações, piorando a oleosidade.

É importante lembrar que o nosso organismo é naturalmente colonizado por bilhões de microrganismos, responsáveis por diversas funções na manutenção da nossa saúde. Quando estas populações ficam descontroladas, contudo, podem surgir inclusive manifestações alérgicas.
A oleosidade da pele pode ser combatida com a adoção de produtos específicos para o rosto, região mais rica em glândulas sebáceas. Estes produtos também são mais suaves, oferecendo menor agressão a esta área sensível.

Hidratantes não aumentam a oleosidade. Estes produtos reduzem o atrito entre a pele e fatores externos, contribuindo para a obtenção de uma pele mais elástica e menos “brilhante”. Caso isto esteja acontecendo, o mais provável é que você esteja usando um produto contraindicado para o seu tipo de pele.

Um teste rápido ajuda a determinar o tipo de pele. Basta lavar o rosto com água em abundância e aguardar 90 minutos, sem aplicar nenhum produto. Em seguida, é preciso aplicar tiras de papel (lenços antioleosidade e papel de arroz, usado em culinária, são excelentes opções).

O papel deve ser pressionado por alguns instantes contra a testa, o nariz, o queixo e as bochechas. Caso as tiras se tornem translúcidas em todas as áreas, isto é um indicativo de pele oleosa. Se mantiverem a aparência em uma ou mais regiões, a pele é mista.

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