Frutas que aceleram o metabolismo

Metabolismo é o conjunto de reações químicas ocorridas no organismo, cuja função é criar novas moléculas. O fenômeno compreende toda e qualquer transformação material ou energética ocorrida nos seres vivos – animais (o homem, inclusive) e vegetais.

O metabolismo pode ocorrer no estado anabólico (quando ocorre a formação dos compostos úteis ao corpo, na presença de energia, para crescimento ou desenvolvimento) ou catabólico (quando ocorre a quebra dos compostos ingeridos ou aspirados, que são armazenados em unidades menos complexas, para utilização posterior). Durante o período catabólico, no entanto, um atleta pode sofrer perdas no aumento da massa muscular obtido com o treino.

Peso, idade, sexo e nível de atividade física são os principais fatores determinantes da velocidade do metabolismo. Por exemplo: com o avanço da idade, as reações químicas se tornam mais lentas; as mulheres em geral apresentam menos massa magra do que os homens e, por isto, entre os representantes do sexo masculino, o metabolismo é mais “frenético”.

Alguns alimentos e exercícios, no entanto, aceleram o metabolismo, favorecendo a saúde e permitindo a obtenção de melhores resultados com a musculação. Confira algumas frutas que são boas auxiliares neste quesito.

As frutas que aceleram o metabolismo

As pimentas

Para começar, um destaque: as pimentas. Sim, pimentas são frutas; a botânica define como fruta toda estrutura vegetal que encerra as sementes da planta em seu interior. É importante observar que as pimentas são picantes em toda a sua composição: casca, polpa e sementes. Nestas últimas, no entanto, a ardência é muito mais sensível.

pimentas

O “segredo” das pimentas é a capsaicina, presente nas nervuras dos frutos vermelhos (dedo-de-moça, biquinho, cambuci, malagueta, etc.). As pimentas do gênero Piper (do-reino, rosa, da-guiné, caiena, etc.) são ricas em piperina, também estimulante do metabolismo.

Capsaicina e piperina agem da mesma forma: quando começamos a mastigar um alimento apimentado, são estimulados os sensores do paladar (as papilas gustativas) presentes na língua. A ardência é entendida literalmente: o cérebro é informado de que a boca está pegando fogo.

Imediatamente, surgem várias respostas, cuja intensidade depende do tipo da pimenta e da quantidade ingerida: o rosto começa a suar, a produção de saliva aumenta e o nariz fica úmido. Enganado, o cérebro prepara mecanismos de compensação e aumenta a produção de endorfinas, que permanecem no organismo por um tempo considerável, proporcionando sensação de prazer e bem estar.

Depois de três horas da ingestão, a pimenta acelera o metabolismo em até 25%, aumenta a queima de calorias, reduz a absorção de gorduras presentes em outros alimentos da mesma refeição e regulariza o trânsito intestinal. Bom para atletas, bom para quem está brigando com a balança.

Em resumo: a pimenta eleva a temperatura corporal, aumenta a disposição e ruboriza a face. Estes sinais já foram interpretados como estímulo à sensualidade. Na Europa do século XVI, em vários reinos a pimenta era proibida para os jovens solteiros.

Os cítricos

Os primeiros resultados na aceleração do metabolismo foram percebidos com o consumo de toranjas (grapefruits), frutas subtropicais obtidas com o cruzamento da laranja com o pomelo, o maior dos cítricos, que chega a pesar dois quilos.

No entanto, sabe-se hoje que laranjas, limões e tangerinas (especialmente as frutas azedas) têm igualmente a propriedade de acelerar o metabolismo. Os cítricos são úteis ainda para combater a constipação e a retenção de líquidos.

laranjas

Estas frutas são indicadas para quem quer perder peso (cuidado com a laranja, que é muito calórica e não deve ser consumida diariamente por quem está com uns quilinhos extras) e também para atletas e frequentadores de academias; neste caso, a ingestão deve ocorrer 30 minutos antes dos treinos.

Um antioxidante presente neste grupo “ensina” o corpo a utilizar a insulina de maneira mais inteligente; desta forma, a energia dos açúcares é liberada apenas gradualmente para a corrente sanguínea, garantindo um período mais dilatado de anabolismo.

Papaína

O mamão quase nunca é a “fruta predileta”. O consumo é muito pequeno no Brasil. Mas a fruta está sendo subestimada: rica em papaína, uma enzima que otimiza a absorção de proteínas, o mamão mantém o metabolismo em ritmo constante.

mamao

As proteínas fazem parte do grupo dos alimentos construtores. Elas são os principais “tijolos” usados pelo organismo para aumentar os músculos. O mamão também é importante na eliminação do excesso de líquidos e eletrólitos. Em qualquer situação, a fruta é uma boa escolha, pois oferece boas quantidades de vitaminas e sais, com poucas calorias (40 calorias a cada 100 gramas).

Maçãs e peras

O fruto proibido acelera o metabolismo e oferece um bônus: a maçã desintoxica o fígado, ajudando o órgão a sintetizar gorduras. A metionina da fruta, um ácido graxo essencial (não produzido pelo organismo) sequestra colesterol e açúcares da corrente sanguínea. É importante lembrar que o excesso de glicose causa sensação de fadiga.

maças

O ácido fólico das peras (a concentração é maior nas peras d’água; nesta variedade, chega ao 10% do peso total) é o grande responsável pela aceleração do metabolismo, com a consequente queima rápida de gorduras, cujo depósito (em órgãos como o fígado, por exemplo) é dificultado pela rapidez da passagem dos lipídeos pelo intestino.

As peras também são importantes em função do teor de potássio, ferro e iodo, minerais essenciais para o equilíbrio orgânico (inclusive hídrico). O potássio é excelente para neutralizar os efeitos das cãibras resultantes de treinos mais pesados.

As oleaginosas

Frutas oleaginosas são boas opções para pequenos lanches: conferem saciedade e reduzem os riscos de “cair em tentação” e entregar-se a verdadeiras bombas calóricas, como coxinhas, pães de queijo recheados e empadinhas (nada contra estas delícias, mas elas não devem estar presentes nos lanches, especialmente pré e pós-treino).

amendoins

Estas frutas, porém, são ainda mais benéficas: o consumo inibe a produção de cortisol, hormônio que participa da estocagem de gorduras no abdômen, glúteos, quadris e coxas. A adoção das oleaginosas (no limite de 20% das calorias diárias) deve ser acompanhada pela redução das gorduras nas refeições principais (algumas destas sementes são supercalóricas).

As frutas oleaginosas mais comuns são: nozes, avelãs, amêndoas, pistaches e amendoins. Todas elas são ricas principalmente em gorduras (poli-insaturadas e monoinsaturadas), proteínas, vitamina E, magnésio, selênio, zinco e manganês. É preciso cuidado com o consumo excessivo de sódio (nos amendoins, por exemplo), que provoca retenção de líquidos e prejudica o funcionamento de diversos órgãos, inclusive o coração.

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